quinta-feira, 21 de junho de 2012

5 coisas que o Facebook pode revelar sobre você

Você até tentou esconder, mas a rede de Mark Zuckerberg pode deixar vazar algumas informações que você não queria dar para recrutadores e colegas

O Google já pode dar muitas informações a seu respeito para os recrutadores, mas o Facebook, se você não tomar cuidado, pode deixar transparecer algumas coisas que você talvez não queira que seus futuros empregadores (e atuais!) saibam.

De sua idade até quais são suas “alianças” no trabalho podem ser denunciadas nas páginas da rede social. Mesmo quando você faz de tudo para não revelá-las.

Sua idade

Você tomou o cuidado de não colocar o ano de nascimento no Facebook justamente porque não quer ser julgado como “muito novo” ou “muito velho” – ou porque não quer divulgar essa informação. Até aí, fez o certo. Mas de nada adianta esconder os quatro dígitos do ano de nascimento se você confirma presença em eventos do tipo “reencontro de 10 anos da turma do ensino médio”.

Seu número de telefone

Todo mundo já teve aquele amigo que perdeu o celular e aí postou a seguinte mensagem: “Sem celular, por favor, postem seus números aqui para eu colocar na agenda do novo aparelho”. E você vai lá e coloca. Isso deixa sua informação pessoal aberta para todos os amigos do seu amigo e, se o status dele era público, aberta para toda e qualquer pessoa.

Suas crenças políticas e religiosas

Aquilo que você apoia ou acredita não deveria ser usado como pretexto para julgamentos alheios preconceituosos. Mas muitas vezes é. As pessoas podem projetar o que pensam sobre uma religião ou um político em você. E não é preciso muito para isso. Seguir páginas, curtir e compartilhar o conteúdo delas é o tipo de atividade no Facebook que até quem não possui qualquer relação com você na rede social pode ver.

Seu desgosto pelo trabalho, a vida, os colegas…

Você já leu sobre as pessoas que foram demitidas por causa do que postaram no Facebook ou no Twitter, certo? Mas de nada adianta se segurar ao máximo para não postar lamentações e ficar curtindo todo e qualquer status de reclamações que seus amigos escreverem.

A gente esquece, mas o que curtimos (até aquele status que o amigo posta religiosamente de “finalmente sexta feira chegou” ou “quanto tempo para às 18h?”) aparece na nossa timeline. Seu chefe e seus colegas não precisam ver você curtindo coisas do tipo.

Suas alianças no trabalho

Talvez “alianças no trabalho” seja um termo muito forte. Mas saiba que o simples fato de você adicionar algumas pessoas como amigas e outras não pode gerar muita fofoca no escritório. Especialmente se você for o chefe.

Via: Exame.com

terça-feira, 5 de junho de 2012

4 Hábitos ruins no trabalho e como lidar com eles


Especialistas explicam quatro comportamentos desencorajados no trabalho e como se livrar desses hábitos

Pense no perfil de um excelente profissional. Provavelmente, ele não é preguiçoso ou sem foco, certo? Tampouco excessivamente competitivo ou ansioso. Mesmo porque essas características psicológicas podem gerar problemas físicos, só pensar naquele seu colega de trabalho que tem gastrite ou pressão alta – as chances são grandes de a causa ser psicossomática.

Algumas características e hábitos não só são mal vistos no ambiente profissional como podem, sim, gerar problemas maiores de saúde para o funcionário. Entenda quatro sintomas, suas causas e como lidar com eles.

Sono e Preguiça

O corpo tem um relógio biológico que funciona muito com base na iluminação do dia e no escuro da noite. “De dia, liberamos o hormônio cortisol, que nos prepara para o enfrentamento da rotina. À noite, o hormônio melatonina começa a agir para indução do sono”, explica o médico Artur Zular, consultor científico do Instituto Qualidade de Vida.

Na prática, alterações nesse relógio biológico – como acordar antes do sol nascer ou insistir em se manter acordado até altas horas da noite, podem afetar o funcionamento desses hormônios, deixando a pessoa com sono durante o horário comercial. Pessoas que trabalham à noite, fazem plantões ou trabalham em turnos sofrem mais com isso.

Também é importante levar em consideração outros transtornos que podem estar causando sono em horários indevidos. “A pessoa pode estar com depressão não diagnosticada, por exemplo. Ela também pode ter transtornos como anemia e hipotireoidismo, que dão fraqueza e cansaço”, diz o Duílio Antero de Camargo, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e médico da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT).

Como lidar

Segundo Camargo, é importante passar por uma avaliação médica para determinar se o trabalhador “preguiçoso” não tem, na verdade, algum transtorno físico. “Se o problema for o trabalho em turnos ou à noite, o jeito é passar por uma readaptação, talvez mudar seu horário”, fala.

Para quem precisa lidar com o sono e não encontrou a causa da preguiça na medicina, Zular é bem direto na dica: “café”. Ele explica que cafeína é um excelente estimulante. Por dia, pode-se tomar 4 a 5 xícaras pequenas da bebida. “Quem não gosta de café pode tomar refrigerante de cola, que equivale a duas xícaras. Chocolate também funciona. Mas é preciso tomar cuidado com essa mistura para não ultrapassar a dose diária recomendada”, alerta.

Além de tirar a sonolência, o café estimula a cognição e memória. Para quem não tem diabetes, até o açúcar pode ser benéfico, por evitar glicemia.

Apesar de muitas vezes serem usadas como sinônimos, as palavras têm significados diferentes. “A impaciência tem relação com a urgência do tempo”, explica Zular, “Já a ansiedade se relaciona com o sofrer por antecipação”.

A impaciência tem um componente bastante cultural, da criança que não aprende que precisa esperar. Já a ansiedade pode produzir uma dificuldade em se lidar com o tempo, gerar estresse, angústia e até sintomas físicos como pressão arterial elevada.

A ansiedade é normal e as pessoas costumam ter alguns sintomas mais leves relacionados à tensão. O problema é quando eles se intensificam (sudorese, tremores, falta de ar e taquicardia) e acabam se tornando crônicos. “Ansiedade crônica deixa marcas físicas, o corpo não aguenta tamanho esgotamento”, afirma Camargo.

Como lidar

Na hora da tensão, alguns alimentos e bebidas (como o chocolate e o suco de maracujá, por exemplo), podem ajudar a lidar com um ataque de ansiedade. Se a questão é crônica, porém, e começa a afetar o seu dia a dia, é preciso passar por uma avaliação médica.

Os dois especialistas reiteram a importância de acompanhamento psicológico para se trabalhar as causas da ansiedade. “O médico vai desconstruir o modelo mental desse paciente ansioso”, conta Zular. E ele completa: “Essa pessoa muito ansiosa está vivendo em outra realidade, uma na qual os efeitos e sintomas são desproporcionais às causas”.

Para o médico Camargo, que faz parte da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, é importante notar que as causas dessa tensão podem vir do próprio emprego: sobrecarga de trabalho, excesso de meta, relacionamentos complicados. “Às vezes, é preciso tratar a pessoa, e para isso temos tranquilizantes e antidepressivos, mas às vezes também precisamos tratar a empresa”, diz.

Excesso de competitividade

Os novos modelos de gestão exigem, sim, um profissional mais agressivo e competitivo. Esse é um comportamento incentivado. “Mas o que importa mais: competência ou competitividade?”, questiona Artur Zular.

Claro que competência é mais importante e ser melhor que o outro pode ser desgastante, especialmente se a competição torna o clima da empresa menos colaborativo. “A pessoa competente compete consigo mesma, tem autocrítica”, diz Zular.

Ambos especialistas concordam que a característica da competitividade é um fenômeno psicossocial, ou seja, cultural. “Não tem nada a ver, por exemplo, com testosterona. Testosterona implica em agressividade, não competição”, desmistifica Zular.

Como lidar

Para Zular, é difícil mudar a personalidade de alguém muito competitivo: “Essa pessoa terá de ser treinada. Ela primeiro precisa se perceber como extremamente competitiva, depois adequar seus processos mentais e por fim mudar seus atos, não necessariamente sua essência”, afirma.

O psiquiatra Camargo também concorda com a importância da terapia em casos de competição extrema, para que a pessoa tenha consciência dos limites. “É preciso trabalhar a empresa, também, que tem responsabilidade pelo clima de extrema competição que promove”, completa.

O especialista dá algumas dicas, também, que podem ajudar a amenizar a necessidade de competir e brigar no ambiente de trabalho: “Busque válvulas de escape e recarregue suas baterias. Vale atividade física, espiritualidade, buscar apoio familiar e social e até agrados na alimentação”, sugere. Isso evita que, com tanto estresse, a pessoa exploda (cause brigas e seja agressiva) ou imploda (desenvolva doenças crônicas psicossomáticas).

Falta de foco

Já aconteceu de você não estar com sono, não estar cansado, mas também não conseguir manter sua atenção no trabalho a ser feito? Qualquer coisa parece mais interessante do que a tela do seu computador nesses momentos. Em alguns dias isso é normal, sim. O problema é quando a falta de foco se torna algo constante no trabalho.

“Falta de foco é poluição mental”, explica o médico Artur Zular. “Ela é gerada por fragmentos de outros dias e lugares que ficam na sua cabeça. Você lê um texto, mas com ele concorrem outros assuntos com os quais você precisa lidar”, explica.

Essa desatenção também pode ser sintoma de doenças mais graves como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ou depressão. “Esquecimento e apatia são sintomas comuns da depressão”, descreve Camargo.

Como lidar

Assim como com outros sintomas, a falta de foco pode ser indicativa de doenças mais graves. Por isso, é essencial que se passe por uma avaliação médica.

Se, por outro lado, você não consegue se concentrar por conta de algum problema pessoal, a solução é “se despoluir”. “Se for algo que você puder resolver, peça licença para o chefe e lide com o problema. Caso contrário, tente usar o trabalho como distração do problema – em vez de ser o oposto”, diz Zular.

A falta de foco pode ser sinal de que falta, na realidade, estímulo para se trabalhar. Segundo Camargo, um desgaste no trabalho pode ser resolvido com alterações: novos projetos, funções e tarefas que estimulem o funcionário.

“Há meios artificiais, também, para concentração: café e às vezes é necessário medicação”, diz Camargo. Ele, assim como Zular, sugere que a pessoa treine seu comportamento para saber priorizar tarefas. “Se está difícil de prestar atenção no trabalho, tire os ladrões de tempo e as distrações da sua frente”, completa Zular.