segunda-feira, 30 de maio de 2011

Investimentos no Brasil impulsionam procura por consultores fiscais

Amanda Luz, de Exame.com

Dos bastidores no caixa positivo das empresas vem um profissional que tem assumido posição de destaque crescente nos últimos anos: o consultor fiscal. No emaranhado da legislação tributária no Brasil, é ele o responsável por encontrar o caminho que trará as menores despesas e a oportunidade de ganho ou crédito no pagamento de impostos.

“A procura por profissionais do setor aumentou 65% desde 2009, com a ampliação do investimento de multinacionais no país que precisam desvendar o complexo sistema tributário brasileiro”, aponta João Marco, headhunter da Michael Page.

Um consultor fiscal não depende apenas de uma calculadora e paciência, mas de conhecimentos jurídicos básicos e da recorrente atualização sobre a conjuntura macroeconômica no país.

“É fundamental entender o alcance dos impostos na gestão do orçamento público, para visualizar as consequências e possíveis brechas na legislação que diminuem o impacto financeiro para a empresa”, explica Clóvis Costa, coordenador do curso de Economia das Faculdades Oswaldo Cruz.

Trabalham na área os profissionais formados em Economia, Contabilidade, Administração e, em alguns casos, Direito, que tenham especialização em gestão financeira e setor tributário. O profissional precisa não ter medo de números, ter a capacidade de analisar estrategicamente os índices macroeconômicos e ainda o conhecimento de idiomas, principalmente inglês.

Segundo exemplificou Marco, uma multinacional instalada no Brasil precisa de cerca de 28 consultores fiscais que, em geral, trabalham em três tipos de cargo: na análise de impostos diretos como Imposto de Renda, na análise de impostos indiretos como IPI e ICMS, e no planejamento tributário. O último caso é o que assume a posição mais estratégica e, por isso, a remuneração mais alta.

Se há impostos, há a necessidade de consultores fiscais. “Enquanto não houver reforma do sistema tributário, o consultor financeiro assumirá um papel decisivo para as empresas. Caso um dia o sistema seja simplicado, ele também irá continuar a desempenhar funções adaptadas que têm incidência direta no desempenho das companhias”, diz Costa.

Fonte : http://migre.me/4G24s

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Analistas recomendam não usar emprego como ‘trampolim’ para outra função

Para consultores, atitude é 'antiética' e pode gerar desgaste.
Recomendável, afirmam, é demonstrar que quer ‘crescer’ na empresa.


Marta Cavallini
Do G1, em São Paulo

Especialistas alertam que é arriscada a estratégia de usar uma vaga de emprego como “trampolim” para outra função dentro da mesma empresa.

“O candidato até pode entrar numa empresa e dizer que tem objetivos maiores, mas tem que participar da seleção vislumbrando um possível crescimento, não dizer de cara que vai aceitar aquilo mas que assim que abrir vaga naquela função específica ele pretende mudar”, diz Tiago Barbosa, consultor do Grupo Foco.

Segundo Barbosa, é antiético assumir uma responsabilidade pensando que daqui a um período ele vai sair. “Isso pega mal para o mercado”, diz. De acordo com o consultor, as empresas não têm a visão de que os empregados ficarão para sempre na mesma função – elas querem que os funcionários assumam novos desafios.

Para Nelson Miguel Junior, gerente do Centro de Apoio ao Trabalho da Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo, o candidato deve mostrar que tem disposição para o trabalho e vontade de evoluir, mas não falar que quer mudar logo de área. “Dentro da empresa ele pode pleitear mudar de departamento depois, mas não no processo seletivo”, diz.

Nível médio e nível superior

Mas, segundo ele, pode haver um acordo caso a empresa detecte que o candidato tem o perfil para uma vaga com requisito superior ao daquela oferecida.

Nesse caso, o empregado exerce aquela função até que surja a vaga no cargo pretendido. Mas isso é mais comum em cargos que exigem nível médio de escolaridade, pois os salários são mais próximos.

Já em cargos que exigem nível superior, é mais difícil a negociação, segundo Miguel Junior, já que os perfis são mais rígidos, principalmente em relação aos que envolvem funções de liderança.

Para Rogério Duarte Reberte, gerente de recursos humanos da Catho, é possível, por exemplo, o candidato que faz curso de marketing entrar como teleoperador em uma empresa de call center e dizer que almeja futuramente uma vaga na área dele.

Já em cargos de liderança, essa abordagem é mais complicada, como no caso de um candidato que era gerente e concorre a uma vaga de coordenador. “É perigoso falar na entrevista para o gerente da empresa: ‘ Eu quero seu lugar’. O gestor que faz a entrevista não pode sentir que está sendo ameaçado.”

Multifuncional

Segundo Reberte, nas empresas a multifuncionalidade é mais admirada do que o foco. “O selecionador não quer ouvir que você quer um cargo específico, ele quer ver que você tem várias habilidades”, diz.

Maria Fernanda Ortega, diretora de Recursos Humanos da Fnac, rede varejista que vende livros, CDs, DVDs e equipamentos eletroeletrônicos, reitera a opinião de Reberte.

Segundo ela, a empresa busca profissionais com perfil generalista. “A empresa vê com bons olhos quem passa por vários setores na área de vendas, isso mostra que o profissional quer crescer, mas ele deve saber esperar o surgimento das oportunidades.”

De acordo com ela, o funcionário tem que entender em que estágio se encontra e se está disposto a desenvolver as competências necessárias para a função que busca.

“Quando a pessoa busca uma função não pode pensar no curto prazo. Faz parte de um processo de amadurecimento passar de vendedor para gerente de vendas, por exemplo”.

Fonte : http://migre.me/4EDlL

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pequenas empresas de tecnologia da informação têm espaço em 105 atividades durante a Copa de 2014

Área de assistência técnica, com o maior número de reclamações dos consumidores, demandará investimentos aperfeiçoamento técnico

De Pequenas Empresas Grandes Negócios

Desenvolvimento de softwares, projetos e assistência técnica, manutenção e suporte. Essas são algumas das 105 oportunidades que podem ser aproveitadas pelas pequenas empresas do setor da tecnologia da informação (TI) nos períodos pré e durante Copa do Mundo de 2014, segundo informações do Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, encomendado pelo Sebrae à Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“A Copa e seus investimentos vão permitir a criação de novos produtos e serviços e a melhora na qualidade dos que já existem. Tornar as pequenas empresas mais competitivas e inovadoras é o grande desafio do Sebrae. O evento esportivo inaugura essa jogada”, destaca Vinicius Lages, gerente de Serviços da instituição.

Para mapear as oportunidades foram considerados diferentes tipos de demandas do setor para a Copa do Mundo de 2014. Essas demandas podem surgir do poder público, em obras como estruturação de estádios e centros de mídia. Também tendem a vir da iniciativa privada, pelas necessidades das empresas e consumidores finais por soluções de tecnologia da informação, como transmissão de dados e desenvolvimento de softwares e serviços.

Em software, o mapeamento identificou oportunidades decorrentes dos investimentos de adequação do evento e de setores relacionados indiretamente à competição futebolística, como hotéis, bares, restaurantes, turismo e saúde. Essas oportunidades encontram-se, principalmente, nas áreas de desenvolvimento de software. Da mesma forma, as oportunidades surgem para pequenas empresas que já possuem pacotes prontos e customizáveis para as atividades mais usuais, como soluções de gestão hoteleira e de saúde.

As áreas de assistência técnica, manutenção e suporte correspondem a um bom campo de atuação para as pequenas empresas. No entanto, exigirão maior aperfeiçoamento técnico de profissionais para potencializar sua atuação nessas atividades. O mapeamento demonstra que investir na qualidade dos serviços de assistência técnica e manutenção na área de TI pode fazer a diferença e aumentar as chances de aproveitamento de oportunidades. O nível de satisfação dos clientes com esses serviços ainda é muito baixo.
O mapeamento também identificou os setores em que atualmente as pequenas empresas têm maior atuação, dando escala de densidade de 0 a 1. Destacam-se operação de equipamentos de rádio, transmissão móvel (externa) (0,82), assistência técnica, manutenção e suporte a equipamentos móveis de transmissão de sinais de TV (0,75), suporte e manutenção de centrais telefônicas e terminais privados (0,75), aluguel de máquinas e equipamentos não especificados anteriormente (0,71) e serviço de provedores (0,82).

Fonte: http://migre.me/4Cl0W

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Só 7% dos profissionais dominam o inglês

Por Talita Abrantes, de EXAME.com

Você ainda sente um frio na barriga antes de toda entrevista com parceiros internacionais? Saiba que não é o único.

De acordo com pesquisa, apenas 7% dos profissionais – cujo inglês não é língua nativa – dominam totalmente o idioma e são capazes de utilizá-lo durante o expediente.

O número de pessoas que, provavelmente, contam no currículo que sabem tudo sobre a língua é maior. Do total de participantes do estudo feito pela GlobalEnglish, 70% afirma que têm o inglês como segundo idioma.

Mas isso não significa, segundo o estudo, que todas essas pessoas estão preparadas para usá-lo tranquilamente no trabalho.

Já os brasileiros não só seguem a tendência mundial como estão entre os profissionais que mais engasgam na hora de falar inglês durante o expediente. Os profissionais do Brasil conseguiram apenas pontuação de 3.84 no estudo conduzido pela GlobalEnglish.

Na América Latina, os brasileiros ficaram atrás de países como Honduras, que ganhou nota média de 5.46; Argentina, com 4.81; Peru (4.41), Colômbia (4.33), México (4.07); Costa Rica e Equador (4.03). Só ficou à frente do Chile, cuja nota média foi de 3.53.

A média mundial também decepcionou. Segundo o estudo, o nível mundial de fluência em inglês de profissionais não nascidos em países de língua inglesa é de 4.46.

De acordo com o levantamento feito com profissionais de 152 países, as pessoas que ficaram dentro dessa classificação são capazes de compreender termos de negócios básicos ao telefone ou durante uma discussão.

No entanto, nesse nível, os profissionais "não podem entender boa parte das apresentações de negócios, assumir um papel de liderança durante as reuniões ou atuar em tarefas mais complexas", afirma o estudo.

Por setor

A indústria de serviços, que inclui consultorias de RH e escritórios de advocacia, teve o melhor desempenho. Em média, profissionais desse mercado têm um nível de fluência em inglês de negócios de 5.34. Depois deles, estão os profissionais da área de tecnologia com nota 5.2. O pessoal da indústria aérea e defesa, na terceira posição, apresentaram um nível médio de 4.77.

No índice English Proficiency Index (EPI), feito pela escola e agência de intercâmbios Education First (EF), os brasileiros receberam nota média de 47,27 – desempenho inferior ao apresentado por participantes de países como Argentina, Costa Rica e República Tcheca. Com isso, o Brasil conquistou a 31ª posição em ranking de 44 países que não têm o inglês como língua oficial.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/carreira/so-7-dos-profissionais-dominam-o-ingles-12052011-17.shl

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Copa do Mundo deve gerar 700 mil empregos no país

Segundo ministro do Esporte, Orlando Silva, aproximadamente 380 mil vagas serão abertas durante a preparação para o torneio e, o restante, durante a realização do Mundial

Vinicius Konchinski,
da AGÊNCIA BRASIL

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje (6) que a Copa do Mundo de 2014 deve gerar cerca de 700 mil empregos em todo país. Segundo ele, aproximadamente 380 mil postos de trabalho serão abertos durante a preparação do país para o torneio. O restante das vagas será preenchido durante a realização do Mundial.

As previsões, segundo o ministro, constam de um estudo sobre impactos econômicos da Copa do Mundo encomendado pelo governo federal. A estimativa de geração de empregos foi divulgada por Silva durante um seminário sobre a Copa do qual ele participa em São Paulo.

“A Copa do Mundo é geração de emprego, de renda e de desenvolvimento”, afirmou ele. “Todas as obras que estão previstas vão precisar de trabalhadores.”

Segundo Silva, os trabalhadores da construção civil serão beneficiados, principalmente, pelos investimentos em aeroportos, portos e nos sistemas de transporte público nas 12 cidades-sede da Copa. Só nos aeroportos, informou ele, o investimento previsto é de R$ 6 bilhões.

O ministro disse também que o setor de turismo deve crescer muito com a realização da competição. Hotéis e restaurantes, por exemplo, devem aumentar seu quadro de funcionários para atender os turistas brasileiros e estrangeiros que assistirão aos jogos da Copa.

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/copa-do-mundo-deve-gerar-700-mil-empregos-no-pais

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ocupar um cargo menor ao que tinha antes não significa retrocesso na carreira

Para especialistas, dependendo do caso, situação pode até ser positiva, pois mostra que profissional é flexível

por Infomoney, via Administradores.

Sair de um cargo e passar a ocupar outro menor não é necessariamente um retrocesso na carreira. “Nem sempre é algo negativo. Pode ser uma adequação”, avalia a gerente de Projetos do Grupo Foco, Francilene Araújo. “Os impactos dessa decisão dependerão da empresa e da proposta do novo desafio”, avalia.
Para a consultora em Recursos Humanos do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo Jane Souza, a decisão de recuar um passo na carreira deve ser bem analisada pelo profissional e, em certa medida, pode ser até positiva. “Isso mostra ao mercado que o profissional é flexível e acredita no seu potencial”, considera.

Os motivos da mudança

Nem sempre considerar abraçar um cargo menor hierarquicamente revela certo desespero do profissional que tenta se recolocar no mercado. As especialistas concordam que existem vários fatores que levam os profissionais a aceitarem propostas desse porte.
Entre eles, está a própria necessidade do profissional de mudar e enfrentar novos desafios. “Pode ser uma mudança de uma empresa de pequeno porte para uma de porte maior”, considera Francilene.

Geralmente, um analista sênior em uma empresa pequena pode não conseguir a mesma posição em uma empresa maior. E isso é natural, considera a especialista. “Ele desce um degrau para avançar mais e dar um 'upgrade' dentro da empresa”.
Independentemente dos motivos, as especialistas ressaltam que nessa hora tanto os profissionais como as empresas devem avaliar bem cada caso. “As empresas também precisam entender as razões que levaram esse profissional a se candidatar à vaga”, afirma Jane. “É preciso visualizar toda a situação”, completa.

Francilene explica que em determinados casos, as empresas chegam a recusar a entrada de um profissional mais gabaritado para ocupar uma vaga hierarquicamente menor. “Por isso, é preciso fazer uma avaliação dos dois lados e antes mesmo de o profissional começar a ocupar esse novo cargo”, diz.

Encarando os desafios

“Não é fácil fazer essa transição”, ressalta Jane, do Grupo Soma. “É sempre um momento delicado e é preciso estar preparado”. E quem não estiver com foco e não tiver avaliado as possíveis consequências da mudança pode não conseguir levar a nova situação. Resultado: o desempenho cai e bate aquele desânimo.
“Um ponto que ajuda muito nessa avaliação é o cuidado que se deve ter com ela. Quando está tudo muito bem amarrado, os riscos diminuem. Então, antes de decidir, entenda a empresa, os desafios”, acredita Francilene, do Grupo Foco.

Para além de entender as novas dinâmicas do novo desafio, os profissionais precisam encarar a situação como uma oportunidade de rever a carreira. “Ele precisa perceber que é um momento de superação e avaliação. E, sobretudo, uma oportunidade de crescimento profissional”, considera Jane.

Fonte: http://migre.me/4qE73