quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Motivação é essencial para crescer profissionalmente

de Luiz Alberto Ferla

É cada vez maior o número de empresas que buscam profissionais motivados e com iniciativa, características que garantem melhor produtividade e cumprimento de metas. Mas a questão é: como motivar as pessoas que trabalham na sua empresa? Uma recente pesquisa realizada em 15 países destacou essa relação. De acordo com a Right Management, consultoria organizacional especializada em gestão de talentos e carreira, apenas 34% dos profissionais entrevistados (num universo de 28 mil) declararam estar plenamente satisfeitos com suas funções dentro das organizações.

A teoria organizacional trata a motivação como um processo psicológico do indivíduo – um processo que ativa, direciona e faz a pessoa persistir em determinado tipo de comportamento.

As teorias de motivação procuram, mais ou menos, enfatizar condições internas e externas ao individuo como forma de direcionar o comportamento humano no trabalho, como se depreende de três grandes correntes: (1) a hierarquia das necessidades (Maslow; Motivation and Personality, 1954 – o ser humano é visto como eterno insatisfeito e possuidor de uma série de necessidades); (2) as intenções e expectativas (Edwin Locke; Toward a Theory of Task Motivation and Incentives, 1968 – concentra-se no conhecimento do indivíduo sobre os objetivos a alcançar) e (3) os estímulos externos ( Skinner; Beyond Freedom and Dignity, 1971 - os indivíduos tendem a fazer coisas cujos resultados julgam positivos e a evitar comportamentos cujas consequências julgam negativas).

Incentivos, celebrações e recompensas

Incentivos, celebrações e recompensas são as ênfases contemporâneas e levam em conta tanto a motivação interna (satisfação psicológica) quanto a externa (incentivos). Thomas Peters e Robert Waterman, 1983, autorizaram a mistura de teorias celebrando o comportamento dos jogadores de futebol: o aplauso do público e o dinheiro (glória e recompensa material).

E tudo isso nos autoriza a operar com a crença de que nas organizações, depois de terem as necessidades básicas atendidas, as pessoas procuram o autodesenvolvimento e a autorrealização. As pessoas se direcionam para trabalhos mais desafiantes e complexos, na busca de satisfação ou para preencherem a expectativa de se sentirem realizadas, autoconfiantes, seguras e competentes na superação de um desafio. As pessoas querem sentir entusiasmo pelo trabalho (que deve ter um significado); querem participação nas decisões; querem ser valorizadas pelos líderes da empresa; querem sentir confiança com a competência da administração da empresa e querem ser inspiradas pela visão da empresa.

O que me motiva talvez não motive você
Ainda às voltas com as dificuldades e contradições das teorias e práticas da motivação humana no trabalho, as organizações tiveram que incorporar o conceito de personalização, individuação e singularidade, para lidar com os clientes internos (os empregados) como tiveram que aprender a fazer com os clientes externos.

Tiveram que fazer a pergunta: “o que faz você feliz”? Em vez de pressupor e definir políticas de motivação genéricas (e ineficazes). Sim, ficou mais difícil para o RH. Mas ficou mais realista. Assim é possível fazer um contrato definindo objetivos de ambas as partes. E acertam mais as organizações que renunciam à ingênua pretensão de querer ser tudo para todos. Ou seja, querer extrapolar a porção de felicidade ou bem-estar que podem oferecer à pessoa com quem mantém uma relação empregatícia.

Oferecer uma experiência memorável
Esta é a ambição que pode ser realizada no âmbito da organização: uma experiência memorável enquanto dura o contrato de trabalho! Refiro-me a um ambiente de trabalho que devolva à família e à sociedade, no fim do dia, uma pessoa melhor do que a que recebeu pela manhã. Que essa pessoa tenha experimentado, na organização, o conceito de cidadania: direitos/deveres/responsabilidades, justiça, equidade, liberdade, respeito, participação e emancipação.

E isso se aplica também à geração Y. Mesmo que essa geração seja tudo o que se diz que ela é: multimídia, tecnológica, questionadora, interativa, anárquica, iconoclasta, mimada, inovadora, talentosa, apressada, imatura, voluntariosa, movida a desafios e, até, mercenária.

A motivação é essencial para a ascensão profissional quando é energia oriunda do conjunto de aspirações, desejos, valores, desafios e sensibilidades individuais, manifestada através de objetivos, ações e resultados que beneficiem a sociedade. E são necessários líderes nas organizações capazes de mobilizar essa energia.

Luiz Alberto Ferla é CEO da Talk Interactive, empresa especializada em relacionamento digital. É administrador e engenheiro pós-graduado em planejamento estratégico.

Fonte: http://noticias.admite-se.com.br/empregos/template_interna_noticias,id_noticias=40557&id_sessoes=305/template_interna_noticias.shtml

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Primeiro Emprego: Caminhos para a conquista

Lena Vidigal, diretora da Quatre Consultores em Recursos Humanos

Tanto tem se falado sobre o assunto embora nada de efetivo, até então, tenha sido formatado para minimizar a enorme dificuldade dos jovens em ingressar no mercado de trabalho, após conclusão de cursos, quer sejam de nível técnico ou graduação.

Sabemos todos que o tão "famoso" diploma, não é mais a entrada garantida para o universo do trabalho.

As exigências são crescentes em se tratando de qualificação, competências e habilidades pessoais. Os estudantes precisam ter a clareza de que a carreira profissional não inicia com o término de um curso mas, com certeza, no seu início. O jovem profissional começa a ser formado no “banco escolar”.

Dedicação e interesse em querer ir além do que é exigido pela escola é um grande investimento, consequentemente,um grande diferencial

Estagiar desde os primeiros períodos é de importância vital. Remunerado ou não, o que vale é o aprendizado que o estágio propicia, pois as experiências adquiridas são, reconhecidamente, valorizadas pelos empregadores.

Os estágios são imprescindíveis para a familiarização com atividades que vão contribuir em muito para a definição do foco de interesses que futuramente deverá ser dado à carreira profissional. Fazer escolhas não é tarefa das mais fáceis, porém, com a clareza das experiências acumuladas, tem-se um ganho em segurança para optar por diferentes caminhos.

Após a graduação, os programas de "trainee" são excelentes oportunidades para o ingresso em grandes empresas, onde são amplos os investimentos na qualificação dos jovens profissionais, visando formar seus futuros executivos.

Voltamos, novamente, ao “banco das escolas”. Somente os alunos que se destacam durante o curso , com excelentes notas e fluência em um idioma - quase sempre o inglês, são aprovados nas seleções bastante rigorosas de tais programas.

Atualmente o mercado de trabalho valoriza profissionais com perfis multifuncionais, ou seja, aqueles que dominam vários conhecimentos, não significando saber superficialmente sobre vários assuntos mas, pelo contrário, conhecer com profundidade sobre todas as funções que se propõe a executar.

Analisadas as questões anteriores, cabem alguns alertas aos jovens:

  • Ampliar a rede de contatos extra família e amigos;
  • Pesquisar oportunidades em sites e grandes empresas;
  • Procurar estágios cujas atividades agreguem conhecimento à sua área de formação;
  • Buscar aprender com quem sabe mais;
  • Procurar executar atividades desafiadoras;
  • Nunca se considerar pronto, há sempre mais a aprender;
  • A responsabilidade pelo crescimento pessoal e profissional é de casa um;

Enfim, torna-se evidente que atualizar-se continuamente, ao mesmo tempo em que se busca o desenvolvimento de habilidades pessoais é o caminho para o sucesso e realização profissional.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Empresas valorizam cada vez mais profissionais com preocupações sustentáveis

Segundo pesquisa, em cinco anos, a oferta de empregos com esse perfil cresceu 32% no Brasil

Da redação - Correio Braziliense 

Apagar a luz da sala quando não tiver mais ninguém nela. Dar preferência a uma garrafinha de água em vez de usar copos plásticos. Utilizar os dois lados do papel nas impressões ou reutilizar as folhas como rascunho. Todas essas são atitudes simples e que caracterizam os profissionais sustentáveis. Cada vez mais valorizados no mercado mundial, os chamados trabalhadores verdes costumam ter visão de futuro e conseguem, inclusive, diminuir os gastos das empresas.

Compreender a forma correta de gerir os recursos naturais e evitar a prática de atividades poluidoras fazem com que esses funcionários fiquem em vantagem sobre aqueles que não têm nenhum tipo de consciência sustentável. A nova geração de consumidores que vem por aí — crianças de até 10 anos — já tem muito mais contato com os ideais de ecologia, o que torna o funcionário verde também um trabalhador do futuro.

O relatório mais recente da Sustainability Recruiting, empresa estadunidense especializada em ofertas de especializações em todo o mundo, mostrou que, entre 2004 e 2009, as ofertas de empregos voltados à alta capacidade de decisão sobre sustentabilidade cresceram 37% no mundo. Ainda de acordo com o documento, o Brasil é o país da América Latina com o mercado mais promissor para profissionais sustentáveis. Aqui, a expansão de ofertas de emprego para esses trabalhadores foi de 32%. Rendimento satisfatório se comparado ao crescimento médio de 16% dos latinos.

“As empresas já percebem a necessidade de ter atitudes sustentáveis. Não dá mais para se preocupar apenas com o lucro. É preciso estar atento aos impactos das atividades das corporações na sociedade e preservar o bem-estar comum. Por isso, é tão importante ter funcionários sustentáveis”, destaca Silvana Bertim, analista de Qualidade da Festo no Brasil — empresa especializada em fornecimento de tecnologia de automação.

O analista José Roberto Portezan, funcionário da Festo há dois anos, lembra que para ingressar na empresa precisou passar por alguns testes que tratavam de sustentabilidade. “ Participei de algumas dinâmicas onde cheguei a ser questionado sobre o tema. Me perguntaram, inclusive, se eu participava de alguma ONG” frisa.

É importante ressaltar que ações sustentáveis devem estar presentes na carreira de qualquer profissional. Ao contrário do que muitos pensam, essas atitudes não se restrigem a trabalhadores da área ambiental. “O mundo corporativo cresceu e ganhou respeito muito fundamentado em resultados imediatos, a qualquer preço. Agora, a ideia é crescer fundamentado em atividades sustentáveis. Os profissionais do futuro cometerão menos exageros”, acredita Marlene Ortega, diretora da Universo Qualidade, empresa especializada em treinamentos corporativos.

O publicitário e gerente de mar-keting da TNC Brasil, Arnd Alexander, costuma ter atitudes sustentáveis no ambiente de trabalho e acredita que, se cada pessoa fizer a sua parte, a situação pode melhorar. “Atitudes simples podem mudar o planeta. Onde trabalho, todas as pessoas evitam o desperdício. Sem dúvidas, atitudes sustentáveis ajudam a reduzir os gastos das empresas”, explica.

Ainda de acordo com Alexander, as pessoas devem aprender os cinco Rs da sustentabilidade: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. “Vivemos em um planeta que precisa ter condições de se regenerar. A sociedade já exige que as empresas tenham atitudes ecologicamente corretas. Profissionais sustentáveis são a chave do futuro”, opina o publicitário.

Hora de aprender
No Brasil, a preocupação com a sustentabilidade entra, inclusive, no cronograma de treinamento de algumas corporações. A Ford, por exemplo, promove campanhas de conscientização para os empregados sobre o uso racional de recursos naturais e premia anualmente atitudes ecologicamente corretas adotadas pelos empregados. “Todos os profissionais da nossa empresa precisam passar por cursos de conscientização ambiental. Os benefícios aparecem não só para a empresa, mas para a população em geral”, frisa Edmir Mesz, supervisor ambiental da Ford Brasil.

Há também a opção de recorrer ao serviço de consultorias especializadas em treinamento de profissionais verdes. Esses especialistas garantem que qualquer pessoa está apta a adquirir hábitos sustentáveis. “Precisamos nos mover urgentemente para mudar a forma como agimos com nós mesmos e com o meio ambiente. Essa necessidade tem feito com que diversas empresas procurem ter equipes sustentáveis”, explica Cristina Mendonça, sócia-diretora da Techni Consultoria, empresa que presta esse tipo de serviço.

A importância da sustentabilidade dentro das empresas é tanta que várias delas já têm se movido para criar núcleos de preservação e conscientização ambiental. Na liderança desse setor, entram funcionários especializados em meio ambiente. Pensando nessa demanda, inúmeras universidades brasileiras têm fornecido graduações e especializações na área. No Distrito Federal não faltam opções: A Universidade de Brasília (UnB) lançou, no ano passado, o curso de ciências ambientais. O UniCeub oferece cursos de extensão em direito ambiental e desenvolvimento sustentável. E a Upis trabalha com MBA em gestão ambiental.


Confira dicas que podem ajudá-lo a ter uma atitude sustentável no trabalho

Não utilize apenas carros particulares para trabalhar. Também dê preferência a outros meios de transporte, como ônibus, metrô e bicicleta

Evite usar diversos copos plásticos para beber água. No trabalho, a dica é andar sempre com um squeeze ou uma caneca

Utilize os papéis que não são mais usados como folha de rascunho. Outra dica é usar, sempre que possível, os dois lados do papel para imprimir informações

Use racionalmente a água ao usar o banheiro do trabalho. Só deixe a torneira escorrer quando necessário

Desligue o computador sempre que não o estiver utilizando

Verifique se os sistemas de iluminação e ventilação estão ligados sempre que você for o último a deixar o local de trabalho.

Fonte: ADMITE-SE MG