terça-feira, 30 de novembro de 2010

8 critérios para escolher um bom curso de MBA

Talita Abrantes, de EXAME.com

Proliferação de programas para executivos pode confundir profissionais, saiba como não cair nas principais armadilhas. Escolha um MBA adequado com o seu perfil.

Na onda de expansão do mercado de educação no país, os cursos de MBA vivem um período de intensa multiplicação. Em contraste com o cenário de uma década atrás, hoje, centenas de instituições aderiram a esta linha educacional. Há programas para todos os perfis, bolsos e gostos.

Mas a miríade de tentadoras opções pode ser um obstáculo para quem pretende cursar um MBA. Nessas circunstâncias, a atenção deve ser redobrada. “Há muito curso de especialização que se denomina MBA, mas que, na verdade, não é”, diz Armando Dal Colletto, conselheiro da Anamba (Associação Nacional de MBA) e diretor acadêmico da Business School São Paulo (BSP).

“É um grande investimento de tempo e dinheiro. Não vale fazer apenas pelo título. MBA tem que agregar valor”, afirma Cristiane Gonçalves, Gerente na área de Assessoria em Gestão de Recursos Humanos da KPMG no Brasil.

Para que você não pise em falso na hora de escolher um bom MBA, EXAME.com listou os principais critérios para essa decisão.

Corpo docente

Não adianta. Por mais imponente que seja a estrutura da instituição de ensino, o corpo docente é ponto determinante para a qualidade do curso de MBA. Isso significa que, antes de fechar sua matrícula, é necessário fazer um check-up da carreira profissional de cada professor do curso. Comece pela formação acadêmica deles. Para conseguir o selo de qualidade da ANAMBA (Associação Nacional de MBA), por exemplo, pelo menos 30% dos docentes devem ter doutorado. Com base nisso, avalie quantos professores têm uma titulação acadêmica ou MBA.

Além disso, todos precisam ter experiência profissional e boas referências no mercado. “Se o professor tiver uma visão muito ligada à academia não terá condições para interagir com as questões práticas propostas pelo MBA”, diz. “Eles precisam ter background de mercado”.

Colegas de classe

Uma das principais vantagens deste modelo de ensino é a troca de experiências entre os participantes. Se houver uma lacuna de formação e vivência entre eles, esse potencial não será totalmente aproveitado. Por isso, tente descobrir qual é o perfil de aluno do curso, a idade, a experiência profissional e o ramo de atuação.

Verifique também o tamanho da turma de MBA. O elevado número de alunos pode prejudicar seu aproveitamento e até o networking.Busque informações também sobre o impacto desse curso na carreira de ex-alunos. Eles cresceram em seu ramo de atuação? Dão boas referências sobre o MBA em questão?

Currículo

De acordo com o diretor da Anamba, o tom generalista é um dos pontos básicos dos cursos de MBA. “Eles devem ter uma visão abrangente e integrada dos assuntos e cobrir todas as áreas de gestão”, afirma.

Disciplinas como Ética, Responsabilidade Social, Análise Financeira, Gestao de Pessoas, Gestão de operações, Análises estatísticas, Tecnologia de Informação, Economia, Marketing e Estratégia são indispensáveis na grade curricular de um MBA.
Verifique também a periodicidade de atualização do conteúdo e metodologias de ensino da escola.

Carga-horária

O tempo de duração do curso de MBA também deve ser checado. De acordo com os critérios do MEC, o curso precisa ter, no mínimo, 360 horas-aula para ser considerado uma pós-graduação. Na Anamba, o critério é mais rígido. Para ganhar o selo de qualidade, são necessárias 480 horas-aula por curso de MBA. Outro ponto essencial é avaliar se a agenda do curso combina com sua rotina por, pelo menos, dois anos.

Padrão internacional

O atual contexto econômico do país exige profissionais que compreendam a lógica de negócios internacionais. Por isso, ponto para as escolas que mantêm parcerias com instituições de outras partes do globo. Esse convênios podem se materializar no convite para que professores dessas instituições venham dar aulas no Brasil ou até em intercâmbios para os alunos brasileiros.

Nesses casos, o MBA torna-se uma ponte para que o profissional estabeleça contatos com a comunidade internacional. “É um meio para aprender a trabalhar com o mundo globalizado”, diz Miriam Viniskofske, sócia da The Point Academic, consultoria especializada em MBAs.

Selo de qualidade

A acreditação internacional é um bom medidor da qualidade das escolas. Entidades como AACSB, AMBA e EFMD-EQUIS oferecem uma espécie de selo de qualidade para instituições que cumprem o padrão exigido. Fatores como infraestrutura, qualidade do corpo docente e metodologias de ensino são rigorosamente avaliados por essas instituições.

Infraestrutura

Uma visita à instituição é fundamental para a sua decisão. Verifique as instalações da biblioteca e pergunte sobre a atualização do acervo. Avalie também a qualidade da estrutura das salas de aula e os recursos tecnológicos disponíveis na escola.

Plano de Carreira

Após checar todas essas informações, é hora de fazer um check-up em sua própria história e planos profissionais. Não vale escolher uma universidade top de linha apenas pelo nome. Ela precisa ser coerente com aquilo que você quer para sua carreira e com seu estilo pessoal.

Por isso, investigue desde o tom da metodologia de ensino até em quais áreas de conhecimento a escola é mais forte. “Algumas escolas investem em um clima mais de competição entre os alunos, outras no trabalho em equipe”, enumera Mirian.



Fonte : http://exame.abril.com.br/carreira/guia-de-faculdades/noticias/8-criterios-para-escolher-um-bom-curso-de-mba?p=9

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Veja dez áreas em que faltam profissionais, segundo recrutadores

por Gabriela Gasparin
G1, em São Paulo


O aquecimento da economia, a exigência de qualificações ou até mesmo a falta de profissionais no mercado fazem com que empregadores tenham dificuldade para preencher vagas muitas vezes consideradas estratégicas, afirmam especialistas. Após consultar empresas das áreas de recursos humanos e sites de currículos, o G1 lista dez dos cargos mais difíceis de serem preenchidos atualmente no mercado brasileiro.

As empresas citaram as funções e áreas que, neste ano, marcaram pela escassez de profissionais adequados. Algumas vagas acabaram nem sendo preenchidas ou os empregadores precisaram abrir mão de alguma exigência para fechar o posto, afirmam os especialistas. Outro motivo apontado pelos recrutadores para esses casos é que, com a economia aquecida, muitas empresas procuraram segurar os funcionários, cobrindo eventuais ofertas.

10 cargos de difícil preenchimento

Analista ou coordenador contábil com inglês fluente
"Faz uns três anos que estamos com dificuldade nessa área por conta da escassez de profissionais. Quando o Brasil era uma economia de inflação, o setor de contabilidade não era estratégico, e sim operacional. Com o crescimento do país, todas as funções dentro de uma empresa ficaram mais complexas. Mas como a área era operacional, o público perdeu interesse", diz Fabiana Nakazone, gerente da divisão especialistas do Grupo DMRH. Ela diz que, como a função tornou-se estratégica, há a necessidade de inglês fluente.

Consultor SAP com inglês fluente e experiência
Profissional da área de Tecnologia da Informação (TI) que saiba trabalhar e fazer personalizações no programa SAP, usado por empresas para a gestão de negócios. "Precisamos de profissionais com inglês fluente porque o sistema é integrado fora do Brasil e, às vezes, é preciso dar suporte para o exterior", afirma Fabiana Nakazone, gerente da divisão especialistas do Grupo DMRH.

Profissionais da área de Tecnologia da Informação(TI)
O diretor da Trabalhando.com.br, Renato Grinberg, disse que, além de difíceis de encontrar, os profissionais da área também pedem salários muito altos para sair das empresas onde já estão, pois recebem contraproposta para ficar. De acordo com Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, a área de TI já vem sinalizando falta de profissionais qualificados desde o início desta década.

Profissionais da área de vendas e teleatendimento
Levantamento feito com 187 empresas pela Curriculum.com.br para o G1 mostrou que, além das áreas de TI e engenharia, o setor de vendas também apresenta dificuldades para achar profissionais em 2010. De acordo com Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, não está fácil encontrar um bom vendedor. Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br, disse que a área comercial está com forte demanda por conta do crescimento da economia, que exige profissionais do setor. Segundo a Catho Online, vendas e teleatendimento têm, ainda, alta rotatividade.

Coordenador de medicina e segurança do trabalho para o varejo
"A área costuma ser bem forte em indústrias, mas quando o varejo exige a mesma função, é difícil encontrar profissionais que se encaixem no ritmo", Fabiana Nakazone, gerente da divisão especialistas do Grupo DMRH. De acordo com ela, o volume de pessoas e o estilo do varejo não são os mesmos que os da indústria e não é fácil achar profissionais adequados.

Engenheiros
O mercado precisa de engenheiros em geral, mas especialistas ouvidos pelo G1 ressaltam escassez maior nas áreas de infraestrutura, projetos e civil. "O Brasil está crescendo e precisamos de profissionais especialistas em obras de grande porte, como rodovias, hidrelétricas e saneamento. Não tem gente preparada para fazer isso", diz Fátima Brandão, gerente do Foco RH.

Médicos
De acordo com Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, tem sido difícil encontrar médicos para vagas em diversas especialidades, segundo percepção do site. Cabral diz que faltam profissionais com qualificações e formações específicas.

Secretárias
De acordo com Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br, as mulheres têm perdido o interesse pelo cargo de secretária. "Não tem candidatas jovens", afirma. Segundo ele, algumas empresas até preenchem a vaga de secretária com outros profissionais. O especialista explica, porém, que, quando a empresa começa a crescer, sente a necessidade de um profissional formado na área de secretariado.

Profissionais da área de mineração
De acordo com Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, foi notada dificuldade no site para encontrar profissionais da área em geral, desde operacional e técnica a engenheiros e executivos. Segundo Cabral, a mineração pede profissionais com formação e qualificações muito específicas. Ele também ressalta que o setor trabalha muito com a indicação de funcionários.

Profissionais da área petroquímica e de energia
De acordo com Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, a área petroquímica pede formação bastante específica e nem sempre há profissionais disponíveis e qualificados no mercado. No ramo de energia, o problema se repete. "Com os avanços tecnológicos e o aumento da demanda, é cada vez mais escasso o número de profissionais qualificados e prontos para atuar nesse setor."

Casos específicos

Além dos cargos citados na tabela acima, os especialistas de recursos humanos lembraram também exemplos de cargos de difícil preenchimento apenas em algumas regiões do país.

É o caso do cargo de analista de custos para o Centro-Oeste, que tenha perfil estratégico e inglês fluente, diz Fabiana Nakazone, gerente da divisão especialistas do Grupo DMRH. Segundo Fabiana, nesse caso foi difícil preencher o posto por conta da localização da vaga. “O requisitante pediu inglês fluente com perfil estratégico. Quando vamos para o Centro-Oeste, onde estão as filiais das empresas, fica mais difícil achar esse profissional”, afirmou.

Outra função de difícil preenchimento foi a de médico do trabalho com experiência em grandes empresas para o Nordeste, lembrou Fabiana. “As empresas abrem polos em cidades pequenas e a pessoa que está na capital não vai querer ir para o interior”, disse. Ela lembrou, ainda, que dificilmente os médicos conseguem trabalhar em muitas empresas no mesmo dia, já que eles têm a agenda cheia.

Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br, afirmou que a empresa também teve dificuldades para encontrar profissionais da área farmacêutica que tenham conhecimentos em assuntos regulatórios, ou seja, conheçam as normas brasileiras para o setor. “Demorou bastante para preencher essa vaga”, afirmou. Segundo ele, a área de laboratórios está em crescimento no Brasil e muitas empresas do segmento estão investindo no país, daí a necessidade de especialistas na área de regulamentação.

Contraproposta

Os salários para contratar profissionais já experientes também aumentaram, em virtude da economia mais aquecida e do consequente assédio de outras empresas para que o funcionário troque de companhia. Isso, segundo recrutadores, faz com que muitos empregadores tentem segurar sua equipe, cobrindo as ofertas dos concorrentes. “No ano passado, as empresas tiveram que enxugar o quadro e poucas fizeram contraproposta. Neste ano, os empregadores estavam com dinheiro e todos os bons candidatos, se tiveram proposta para sair, receberam a contraproposta”, disse Fabiana, do Grupo DMRH.

Na área de Tecnologia da Informação (TI), por exemplo, Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, diz que a procura tem crescido a cada dia. "Profissionais nessa área estão entre os mais bem remunerados do mercado, portanto, já recebem acima da média". Ele lembrou que o investimento na qualificação na área é alto. "Porém, isso é observado em várias outras profissões e, mesmo assim, a remuneração média fica abaixo da de TI", disse.

Empresas abrem mão de qualificações

De acordo com Fátima Brandão, gerente do Foco RH, as empresas estão abrindo mão de alguns conhecimentos ou experiências nos profissionais, desde que eles tenham o perfil comportamental adequado. De acordo com ela, um profissional que seja '100%' às vezes pode receber uma proposta melhor de outro empregador e ficar por pouco tempo na empresa. “Não tem mão de obra tecnicamente para todo mundo”, disse. Segundo ela, quando escolhe por um profissional que não está completamente treinado, a empresa opta por dar cursos ou oferecer treinamentos.

“Muitos cargos de gestão, como coordenadores, gerentes e diretores, deixam de ser preenchidos por falta de profissionais preparados no mercado”, disse Cabral. Para Grinberg, quanto mais sobe o cargo, maiores são as especificações. “Os clientes pedem um superhomem.”

Como aproveitar oportunidades

Para Fabiana Nakazone, vale aos candidatos ficarem de olho nas vagas mais difíceis de preencher para tentar atendê-las. Segundo ela, às vezes um profissional formado em determinada área não enxerga todas as possibilidades que a carreira tem a oferecer, focando apenas no setor que está mais saturado. “É importante ver o que cada formação pode oferecer”.

Renato Grinberg alerta que o candidato precisa gostar do que faz. Ele lembra que de nada adianta cursar engenharia só porque há vagas disponíveis na área se a pessoa não tiver habilidade com números, por exemplo.


Fonte : http://migre.me/2s6en

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mulheres conquistam espaço e já empreendem mais do que os homens

Elas entraram no mercado de trabalho para mudar os negócios. Dados do IBGE mostram que em seis anos houve um crescimento de 19% na participação da mulher neste meio. Hoje elas já representam 45% da população ocupada das cinco regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto. As mulheres são também maioria quando o assunto é empreendedorismo. A Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2008) mostra que em 2007 e 2008 as brasileiras abriram mais empresas do que os homens. Das 14,6 milhões de pessoas que realizam atividades empreendedoras no País, mais da metade – o equivalente a 52% – é mulher. Com a maior participação feminina, o Brasil conquistou espaço no cenário mundial e é considerado, segundo o estudo, o 13º país mais empreendedor do mundo.

A opção das mulheres por empreender está relacionada a um novo estilo de vida. Elas desejam independência financeira, horários de trabalho mais flexíveis e um modelo corporativo mais dinâmico. Para Marlene Ortega, conselheira do Business Professional Women (BPW) – associação que congrega mulheres de negócios em todo o mundo – e sócia-diretora do Universo Qualidade, empresa especializada em treinamentos, a mulher de hoje quer montar o seu próprio negócio e dar a ele o tom moldado por seus valores. "Acredito que as mulheres estão empreendendo melhor a própria vida, e quando entram no mercado de trabalho e se deparam com um ambiente corporativo masculino muito competitivo, elas deixam para trás a pressão para investir em negócios próprios".

Para Marlene, as mulheres costumam mudar também a gestão dos negócios. Isso porque elas são mais flexíveis e preocupadas com o meio ambiente e as pessoas que estão ao seu redor. "Nós queremos qualidade de vida, saúde, queremos ser capazes de conciliar as coisas e não competir o tempo todo". Ela explica que na hora de montar a própria empresa a mulher se preocupa mais em saber quais são as dificuldades e as facilidades que vai encontrar e, assim, é mais cautelosa e cooperativa. "Seu objetivo costuma ser sempre agregar valor social ao produto ou serviço que ela vende. Dessa forma, ela costuma pensar mais em gerar bens para outros, pensar na sociedade, nos filhos e em outras mulheres", afirma.

O aumento nos anos de estudo – desde 2001 elas são também maioria nas universidades – tem proporcionado às mulheres conquistar espaços antes dominados por homens em profissões que requerem alta especialização, como o de inovação e tecnologia. A bióloga Fabiana Medeiros, por exemplo, transformou sua pesquisa de mestrado e doutorado em desenvolvimento de ensaios pré-clínicos in vitro em negócio no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) de São Paulo. Depois de dar aula na Universidade Federal de Uberlândia, ela investiu na sua área e montou o laboratório pré-clínico Biosintesis em 2003. O empreendimento ficou até 2005 em um processo de pré-incubação, depois mais três anos como residente na incubadora e hoje é uma empresa graduada especializada na prestação de serviços de avaliação biológica in vitro, cultura de células e tecidos. "Acho que a empresa nem teria existido sem a incubação. Todo o processo de criação, desde a mobilização até mostrar que esse era um negócio viável, só foi possível com o auxílio da incubadora", afirma .

Quando começou, Fabiana conta que havia poucas mulheres à frente de empresas na Cietec. "A incubadora tinha cerca de 120 empresas quando eu entrei. Dessas, apenas 10% eram de mulheres, hoje aumentou bastante". A empresária conta que cresceu também o número de mulheres com especialização nesse setor. Ela afirma que, quando faz seleção para novos funcionários, geralmente são as mulheres as mais interessadas e preparadas para a vaga. Mesmo afirmando não ter preferência por trabalhadores homens ou mulheres, ela diz que contrata mais a mão de obra feminina. "Nesse trabalho de ensaio laboratorial é preciso estar atento aos detalhes, e eu acho que a mulher é mais detalhista, tem mais paciência e organiza melhor o seu tempo de trabalho", explica.

Incit

Em Minas Gerais, Geanete Morais, gerente de Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (Incit), também tem percebido a maior participação feminina em incubadoras tecnológicas. "De 2006 para cá eu percebi um aumento de cerca de 70% na procura de mulheres por empreender na incubadora.” Hoje, duas empresas incubadas são chefiadas por mulheres. No acompanhamento do trabalho delas, Geanete considera que a mulher é mais dinâmica e proativa. “Elas são muito cautelosas para ações, mas são dinâmicas nas atitudes."

Dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) mostram que as mulheres representam 48% dos trabalhadores que ocupam cargos de chefia em incubadoras e parques tecnológicos e 13% dos cargos administrativos. É o caso de Geanete. Funcionária pública durante 26 anos, mudou sua vida depois que foi convidada para participar da criação do Programa Municipal de Incubação Avançada de Empresas de Base Tecnológica (Prointec) na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. A documentação da incubadora ficou pronta em agosto de 1999, e em novembro do mesmo ano dez empresas já estavam incubadas. Em quatro anos de funcionamento, a Prointec foi eleita a melhor incubadora de base tecnológica do País pela Anprotec. O trabalho da prefeitura e de Geanete foi ainda reconhecido pelo prêmio Prefeito Empreendedor, em 2001, pelo Sebrae.

Fonte : RMI - Rede Mineira de Inovação

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vale começa a contratar pesquisadores para ITV

de Talita Abrantes, EXAME.com

Nos próximos quatro anos, a Vale vai investir 300 milhões de reais na implantação do Instituto Tecnológico Vale (ITV) que irá desenvolver pesquisas de ponta nas áreas de energia, desenvolvimento sustentável e mineração.

A expectativa é de que, até 2012, o ITV recrute 400 profissionais para atuar nos três centros de pesquisa tecnológica. Desses, 150 serão doutores e pós-doutores que terão a função de liderar o desenvolvimento dos projetos.

A iniciativa da Vale sinaliza uma tendência para a carreira científica no Brasil. Além dela, outras companhias como IBM e GE também irão lançar centros de pesquisa no país até o fim do ano.

No caso do ITV, cada unidade será dedicada à uma área específica de pesquisa. Em Belém (Pará), o foco será desenvolvimento sustentável. Já em São José dos Campos (São Paulo), os estudos serão voltados para a área de energia, enquanto em Ouro Preto (Minas Gerais), os pesquisadores se dedicarão ao desenvolvimento de tecnologias para a mineração.

De acordo com Luiz Mello, diretor do ITV, o processo de seleção dos orientadores dos projetos já começou. A ideia é contratar pesquisadores de todo mundo e atrair cientistas brasileiros que estão atuando no exterior.

O recrutamento de bolsistas deve ser feito ao longo do próximo ano. Para isso, as Fundações de Amparo à Pesquisa parceiras do ITV lançarão editais para selecionar os projetos. Ao todo, 120 milhões de reais serão destinados às bolsas. Desses, 72 milhões de reais serão custeados pela Vale e 48 milhões pelas fundações.

A proposta é criar no Brasil uma instituição semelhante ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), localizado nos Estados Unidos e que já formou 73 ganhadores do prêmio Nobel. Em maio, a Vale assinou um acordo de cooperação com o instituto americano. A parceria prevê, entre outras atividades, bolsas de estudo na universidade americana para os pesquisadores do ITV. O centro de pesquisas brasileiro também terá parceria semelhante com a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), da Suíça.


Leia a matéria na íntegra : http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/vale-comeca-a-contratar-pesquisadores-para-itv?page=1

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Temporários: chegou a hora de arregaçar as mangas

por Vanessa Correa

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) prevê a abertura de 139 mil vagas de trabalho temporário até a chegada do Natal, o melhor resultado da história, segundo a entidade. Houve um aumento de 11% em relação a 2009, quando foram contratadas 125 mil pessoas, apurou o Blog.

“Esse aumento ocorre em função do cenário econômico, com a economia aquecida, aumento da renda do trabalhador e oferta de crédito forma-se um circulo virtuoso de consumo e conseqüentemente geram-se muitos empregos. A nossa previsão é de 139 mil empregos temporários até o final do ano e esperamos que esse número se confirme. O aumento da renda do trabalhador expande o consumo e com uma economia aquecida há a necessidade maior de contratar trabalhadores temporários”, disse Vander Morales, presidente da Asserttem e do Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário do Estado de São Paulo).

O comércio deverá ser responsável por 70% das vagas. Os maiores empregadores nesse período são as lojas de rua, supermercados e shoppings. As mulheres ocuparão 45% das oportunidades e 75% serão de pessoas entre 18 e 39 anos. As principais funções no setor são: analista de crédito, atendimento, crediário, promotor de vendas, vendedor e até papai Noel. E a remuneração média ficará entre R$ 650 e R$ 890.

Morales explicou que não são muitas as exigências para conseguir uma vaga de emprego temporária. “Inglês não é necessário, é preciso uma boa comunicação, é imprescindível boa disposição para trabalhar, essas vagas para o final de ano não demandam muita qualificação, apenas o 1º grau para trabalho no varejo”, disse o dirigente.

A previsão para a indústria é que nela sejam ocupadas 30% das vagas. Do total de vagas, 70% serão preenchidas por homens. Trabalhadores entre 18 e 39 anos serão maioria com 80% das oportunidades. Algumas das principais funções são operador de máquinas, técnico em manutenção industrial e operador de empilhadeira. O setor paga em média de R$ 800 a R$ 1.100,00. Lembrando que é necessário ter o segundo grau completo.

Jovens

Cerca de 30% das 139 mil vagas serão preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego. “É uma oportunidade para os jovens, é um fator muito positivo, 30% do total de contratados são de jovens sem nenhuma qualificação e experiência. O trabalho temporário pode ser uma porta de entrada para essas pessoas sem qualificação e principalmente para jovens sem nenhuma experiência”, disse.

Das 139 mil vagas, 28% dos contratos poderão se tornar efetivos, o que representa emprego com carteira de trabalho assinada e contrato de trabalho com prazo indeterminado para 39 mil pessoas.

O trabalhador temporário substitui um funcionário permanente ou atende a um acréscimo de serviço. O contrato deve ter duração máxima de 3 meses com direito à prorrogação por 3 meses. O temporário tem os mesmo direitos do efetivo com exceção do aviso prévio e recebimento de multa de 40% sobre o FGTS. Caso ocorra dispensa sem justa causa antes do fim do prazo acordado no contrato será exigido pagamento da multa.


Fonte: http://blog.mte.gov.br/

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Como o Twitter está sendo usado na divulgação de currículos

de Ione Luques

Desde que o Twitter caiu nas graças dos brasileiros, o microblog é utilizado para comentar e acompanhar os mais variados assuntos: o trânsito, a vida das celebridades e as últimas notícias de economia, política e esportes, por exemplo. E, se está todo mundo conectado nessa rede, por que não divulgar também um currículo, em apenas 140 caracteres?

A internet muda hábitos e comportamentos de maneira rápida e expressiva. Portanto, quem procura emprego precisa se atualizar, e as redes sociais podem ser utilizadas como um complemento no processo de recolocação profissional - alerta Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.

Sérgio Lima, diretor de mídia e planejamento da agência de marketing digital AD.Brazil, vê o Twitter como uma grande oportunidade para os bons profissionais demonstrarem que estão disponíveis no mercado. E compara o microblog a um comercial de TV,que milhões de pessoas podem ver: " Quando você posta algo, toda a sua rede de relacionamentos tem acesso e, com isso, os contatos podem fazer propostas ou até mesmo indicar outros empresários que estejam precisando de alguém no seu segmento".

Abrileri explica que o Twitter pode ser um caminho para um site em que o currículo esteja cadastrado. Basta dar o endereço para que as pessoas acessar o currículo completo. O executivo dá um exemplo de como se apresentar no Twitter: "Gerente de RH formado pela PUC, com grande experiência em empresa multinacional e inglês fluente, busca recolocação (e o link da página onde está o currículo completo)" .

- Quem sabe alguns amigos não 'retuitam' este post e este currículo não alcança lugares nunca antes imaginados, não é mesmo? - questiona Abrileri.

Segundo o especialista, uma atitude proativa, criativa, caprichosa e profissional em si já desperta interesse e demonstra a energia e o dinamismo deste candidato, o que o faz ganhar pontos perante os empregadores.

A dica para quem quer utilizar as redes sociais para espalhar seu currículo, segundo Lima, é manter um bom relacionamento com outros profissionais da área, se comunicar de forma clara e, principalmente, postar informações que sejam relevantes. "As pessoas baseiam-se no que você escreve para formar uma opinião a seu respeito. Por isso, antes de escrever qualquer coisa, pense nos efeitos que as palavras podem ter".

Fonte : http://oglobo.globo.com/economia/boachance/mat/2010/11/03/como-twitter-esta-sendo-usado-na-divulgacao-de-curriculos-922936318.asp