quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Especialistas apontam áreas de trabalho mais promissoras em 2011

por Gabriela Gasparin
Do G1, em São Paulo


Setores ligados ao desenvolvimento do país devem ser beneficiados.
Economia aquecida e preparação para Copa 'puxam' profissionais.


O ano de 2011 deverá ser mais promissor para setores ligados diretamente ao desenvolvimento do país, segundo especialistas em mercado de trabalho ouvidos pelo G1. O bom desempenho da economia brasileira aumenta a demanda por mão de obra qualificada para áreas como infraestrutura, energia, telecomunicações, tecnologia e óleo e gás.

Além dos segmentos diretamente relacionados ao crescimento econômico, os especialistas lembram também a tendência de forte alta na área de bem estar social, o que envolve desde sustentabilidade e meio ambiente até saúde e estética.

Áreas promissoras para 2011

Área comercial e internet
“A área sofreu muito na crise econômica, já que muitas empresas cortaram os profissionais porque as vendas diminuíram”, diz Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br. De acordo com o especialista, com o crescimento econômico, as empresas voltam a precisar desses profissionais. Para Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, empresa da área de recrutamento, o segmento de vendas pela internet deve se destacar pelo crescimento das operações. “São necessários profissionais que saibam atuar no desenvolvimento de parcerias de negócios na internet, com expertise na área”, afirma.

Tecnologia da Informação (TI) e comunicação
Os perfis dos profissionais do setor estão cada vez mais complexos e as empresas precisam de pessoal com qualificações e conhecimentos em plataformas específicas. Além disso, a previsão é que os investimentos em redes sociais continuem a crescer, o que demanda especialistas na área, segundo Selma Morandi, diretora do Grupo Foco, empresa do setor de recursos humanos. “Tudo o que se fala em termos de desenvolvimento impacta na área de tecnologia”, lembra Alexia Franco, líder da operação da Hays. Para o diretor de graduação do Centro Universitário Senac, Eduardo Ehlers, a área de TI cada vez mais se aproxima da comunicação. “Há um crescimento no setor de produção multimídia como um todo”, afirma. Ele destaca, ainda, o segmento de jogos digitais.

Telecomunicações
O setor de telecomunicações necessita cada vez mais de especialistas em tecnologias como transferências de dados, 3G e Rede IP, cabos, entre outras, diz Alexia Franco, da Hays. Quanto mais cresce o número de usuários de celulares, por exemplo, aumenta a demanda nas redes de telecomunicações e de telefonia celular. “É preciso de profissionais como engenheiros e analistas de telecomunicações para a elaboração de projetos e até mesmo monitoramento e atuação nessas redes", aponta o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino.

Varejo e consumo
O crescimento econômico estimula a contratação de profissionais em diversas áreas do varejo, como alimentos, bebidas, cosméticos, roupas e supermercados, entre outros. A demanda é por trabalhadores de vários níveis, desde iniciantes a diretores, diz Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. “O setor não caiu durante a crise, mas há uma nova demanda em função do aumento do nível da renda”, diz Alexia Franco, líder da operação da Hays. O crescimento no setor gera, ainda, investimentos em campanhas de publicidade e até em novos empreendimentos

Sustentabilidade, meio ambiente e saúde
Para Selma Morandi, diretora do Grupo Foco, as empresas devem investir cada vez mais em profissionais voltados às áreas ambiental e de sustentabilidade. Nesse caso, a necessidade é por profissionais que acompanham e tenham experiência e especializações no setor. Para o diretor de graduação do Centro Universitário Senac, Eduardo Ehlers, há uma crescente busca pelo bem-estar individual e coletivo. “Cada vez se fala mais sobre ambiente e vida saudável”, disse. Ehlers prevê crescimento também em áreas como estética, turismo e hospitalidade, relacionadas ao bem-estar.

Energia
Eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além de empresas de fora que pretendem investir no Brasil, demandam profissionais do setor de energia, destaca Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. Mas é difícil preencher as vagas. “Falta qualificação nessa área. Os engenheiros ou migraram de área ou foram para o exterior”, diz ela. Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, lembra, ainda, que o crescimento do pais depende do setor da energia, o que torna o setor permanentemente promissor.

Construção civil
O setor também deverá se beneficiar com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, diz Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. Além de programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, e o crescimento do setor imobiliário no país aumentam a procura por profissionais especializados. “Falta desde mão de obra básica até analistas financeiros voltados à área da construção”, diz o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino. De acordo com o especialista, todos os setores que estão em volta sentem o reflexo, como materiais de construção, imobiliárias e design de interiores.

Óleo e gás
Descobertas de reservas de petróleo no país aquecem o setor e atraem investimentos, diz Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro. “Há empresas que antes tinham apenas representações e agora já querem ter as próprias estruturas no Brasil”, diz. Além disso, o setor de extração de minérios também está aquecido, diz Selma Morandi, do Grupo Foco

Infraestrutura e transporte
Assim como nos setores da energia e da construção civil, eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 também demandam profissionais voltados para infraestrutura. “Até mesmo a área de shoppings centers e estruturas comerciais precisam de especialistas”, afirma Alexia Franco, líder da operação da Hays. O consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, lembra que o setor de transporte aéreo também deverá se beneficiar.

Setor farmacêutico
De acordo com Alexia Franco, da Hays, laboratórios do exterior buscam trazer investimentos para o Brasil, o que demanda profissionais técnicos e com atuação científica. Segundo ela, a pesquisa e o desenvolvimento, que sempre foram feitos lá fora, pode passam a acontecer no país.

Setor contábil, fiscal e financeiro
Por conta do aquecimento da economia, a demanda por profissionais nas áreas contábil, fiscal e financeira é crescente, diz Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br. O setor de fundos de investimentos também está em crescimento, aponta Alexia Franco, da Hays. “Há muitos investidores estrangeiros querendo aplicar em fundos de investimentos no Brasil em função do alto retorno”, afirma. Para o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, a demanda por profissionais da área de investimentos será ainda maior se a taxa de juros brasileira continuar a cair. “Passa a ficar desinteressante aplicar na poupança e cresce a demanda por analistas financeiros.”

Recursos humanos
O aquecimento do mercado de trabalho faz com que as empresas busquem profissionais de recursos humanos qualificados para atuar em áreas como as de desenvolvimento, capacitação, treinamento, gestão e retenção. "Durante a crise, o profissional de RH ficou um pouco esquecido", diz Alexia Franco, da Hays. Para o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, há demanda também por profissionais que saibam treinar líderes com origem técnica. "Quando você tem um líder que não foi preparado, ele pode provocar situações constrangedoras com o profissional".

Seguros e segurança
Algumas áreas são favorecidas por disfuncionalidades do Brasil, lembra o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, que cita o setor de segurança como em crescimento. Ele lembra, ainda, que o bom desempenho da economia e o aumento da renda fazem com que uma nova camada da população tenha acesso a bens que antes não tinha, como automóveis, exigindo das empresas de seguros adequação para esse público

Candidato deve buscar atender mercado
Na hora de mirar um setor para buscar trabalho, não basta olhar apenas para a tendência de crescimento. Especialistas afirmam que os candidatos devem estar qualificados e preparados para essas vagas. “É preciso estar atento ao mercado e buscar aperfeiçoamento profissional”, afirma Selma Morandi, diretora do Grupo Foco.

Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, afirma, ainda, que cada candidato deve estar atento ao segmento onde atua, pois cada setor tem sua necessidade. A especialista dá a dica para profissionais de áreas técnicas buscarem experiência na elaboração de projetos. “Tudo depende de projetos atualmente. É preciso saber lidar com cronogramas.” Alexia destaca a importância de adquirir certificações. Um segundo idioma, principalmente o inglês, também é um investimento importante, segundo a especialista. “Muita gente não investe no inglês e fica para trás."

Proatividade
Para Alexia, porém, os candidatos precisam ter proatividade e ir atrás do mercado. “Tem muito profissional passivo. É preciso ler jornal, ver as empresas que estão em alta. Quem busca a carreira é o executivo”, diz

Selma concorda e destaca que o importante é estar sempre atualizado em relação às tendências e não esperar que a oportunidade “caia no colo”. É importante, também, ter autoconhecimento para saber o que gosta de fazer e “ir trilhando o caminho”, lembra Alexia.


Fonte : http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2010/12/especialistas-apontam-areas-de-trabalho-mais-promissoras-em-2011.html

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Brasil tem apagão de Talentos - veja como tirar proveito disto

por Ricardo Piovan
Palestrante e Coach Organizacional


Nunca se falou tanto em apagão de talentos no Brasil como nos últimos anos. Este tem sido um efeito colateral negativo do crescimento econômico brasileiro. A falta de profissionais qualificados é a maior preocupação dos CEOS, revela a pesquisa “Global CEO Sudy 2010, realizada pela IBM.

A pesquisa apontou que no Brasil, a falta de mão de obra especializada e competente é o maior problema de 71% dos presidentes de empresas entrevistados. Um percentual superior à média mundial que é de 58%. Ricardo Gomez, diretor da consultoria da IBM América Latina revela: “Com o investimento das empresas aumentando, a competição pelos profissionais mais capacitados aumenta e há dificuldade para preencher vagas”.

Segundo Gomez o déficit de profissionais não ocorre apenas no nível tecnológico sendo que a preocupação com as competências dos funcionários é apontada por 50% dos CEOs brasileiros como principal fator externo que irá impactar o crescimento das empresas nos próximos três anos.

Agora a boa notícia.

Para mim o profissional talentoso é aquele que possui habilidades técnicas e comportamentais excepcionais, isto é, totalmente fora da curva, destacando-se da maioria dos outros funcionários da empresa. O mais interessante é que estas habilidades podem ser natas ou adquiridas, isto é, qualquer pessoa pode desenvolver-se e entrar neste rol de pessoas tão requisitadas no mundo corporativo.

Veja a seguir uma pesquisa, apresentada pela revista VOCE SA, da consultoria McKinsey realizada com 140 presidentes, onde foram mapeadas as aptidões comportamentais que fazem a diferença para tornar-se um profissional talentoso:

- Comunicação oral e escrita: 70% dos CEOs apontam que esta é a principal competência a ser desenvolvida

- Automotivação: profissionais que tem um motivo pessoal para o trabalho são 5 vezes mais produtivos do que os que trabalham apenas pelo salário no final do mês.

- Poder de análise / pensamento crítico: 81% dos CEOs entendem que esta será a habilidade mais requerida nos próximos 5 anos.

- Conexão com o mundo: “profissionais que circulam em grupos diferentes desenvolvem um olhar inovador para antigos problemas “ diz Regina Camargo, diretora da Across.

- Ser otimista: O pessimismo faz com que o cérebro crie apenas condições de sobrevivência e pare de enxergar possibilidades reais para resolver situações adversas.

- Disposição total: 98% dos CEOs contratariam ou promoveriam um profissional de alta energia no lugar de um com energia baixa.

- Liderança em atividades coletivas: independentemente da sua posição, conseguir fazer com que a equipe se sinta motivada para cumprir um objetivo ou resolver uma situação problemática, é valorizado pela alta liderança.

Minha sugestão é que você faça uma autocrítica em relação aos pontos destacados acima e perceba o quanto você está conectado a estas habilidades dos profissionais de alta performance. Disponibilizo a você também um teste que ajudará você neste processo de avaliação.

Caso você não esteja no patamar dos profissionais talentosos, saiba que nunca é tarde para iniciar o desenvolvimento, pois através de muita leitura, palestras e treinamentos você conquista estas habilidades. Como vimos o talento pode ser nato ou adquirido, dependendo apenas do esforço pessoal de cada um.

Fonte : http://portalfox.com.br/blog/

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

7 tendências e habilidades profissionais para os próximos 5 anos

A América Latina é um dos destinos mais promissores para contratações nos próximos anos, segundo estudo da IBM; saiba como estar pronto para isso.

por Talita Abrantes, de EXAME.com

Em meio aos últimos suspiros do burburinho da Copa do Mundo de 2014 e do início da maratona para deixar tudo pronto para as Olimpíadas de 2016, o ano de 2015 colocará o Brasil no centro das atenções dos negócios globais – e, até lá, esse fato transformará a lógica das empresas com operação no Brasil. Agora, como isso influenciará o perfil de profissional demandado por elas? Pesquisa global da IBM publicada com exclusividade por EXAME.com dá pistas para essa resposta.

Realizada com 700 executivos de Recursos Humanos de mais de 61 nações e 31 segmentos de mercado, a pesquisa "Working beyond borders" constatou que a América Latina é um dos mercados mais promissores para recrutamento nos próximos três anos. De acordo com o estudo, 26% das empresas pretendem aumentar o número de contratações nos países do lado sul do continente americano.

Os países latino-americanos ficam atrás apenas de China e Índia que detém, respectivamente, 40% e 29% das intenções de aumento de recrutamento até 2013.

A avalanche de novas oportunidades para a América Latina, em especial Brasil, não exigirá apenas pessoas com uma qualificação excepcional. Os profissionais devem estar preparados para um mercado mais interdependente e dinâmico, baseado em relações de cooperação.

Com base nas demandas dos executivos ouvidos pela IBM, EXAME.com mapeou os 7 cenários possíveis para os próximos cinco anos e quais habilidades você precisa desenvolver para se encaixar nas novas necessidades:

1. Babel corporativa
A falta de profissionais com qualificação suficiente tem deixado muitos profetas da economia com o cabelo em pé. Diante da expansão dos negócios nos próximos anos, a tendência é que esta questão ganhe contornos mais nítidos. Para sanar essa lacuna, as empresas vão caçar bons profissionais em outros países.

O cenário de "importação de cérebros" mudará drasticamente a lógica de relações dentro das empresas - a começar pela cultura. "Um ponto forte dos brasileiros é a receptividade natural", afirma Jeane Gonçalves Rego, líder de soluções de capital humano da IBM Brasil.

No entanto, segundo ela, a fluência em outros idiomas ainda é uma pedra no sapato dos brasileiros. "A questão não é apenas falar a língua com perfeição. Falta ainda aquela base necessária para a comunicação com outros países", diz.

2. O Y e o Z da questão
A disputa das gerações também é um ponto de peso para a transformação da lógica interna das empresas. No início do ano, uma pesquisa feita pela Hay Group mostrou que cerca de 20% dos jovens que trabalham nas grandes empresas brasileiras já estavam em cargos de liderança.

Nos últimos meses, essa ascensão meteórica da geração Y (formada pelos nascidos a partir dos anos 80) levou as companhias a reverem uma porção de práticas internas desde métodos de avaliação até políticas de retenção de talentos.

Para os próximos anos, a atenção estará centrada no debute da geração Z no mercado de trabalho. Formada pelos nascidos a partir de meados dos anos 90, esses futuros profissionais (que hoje, no mínimo, devem estar nos primeiros anos do Ensino Médio) estrearão no mundo dos negócios com um perfil completamente influenciado pelo caráter dinâmico e multitarefa das novas tecnologias. E os membros de outras gerações devem estar preparados para adaptar e conciliar o modus operandi da empresa a esse novo tipo de perfil.

3. Em 140 caracteres
A lógica do Twitter, marcada por uma comunicação ágil e objetiva, será a base das relações nos próximos anos. Isso não significa que todos precisarão aderir à rede de microblogs. No entanto, ter boas habilidades de comunicação é imprescindível para responder às novas demandas do mercado.

De acordo com uma pesquisa recente da instituição americana National Association of Colleges and Employers, o item boas "habilidades comunicativas" é o aspecto mais valorizado pelos recrutadores dos Estados Unidos.

E o relatório aponta: as empresas não estão totalmente satisfeitas com a performance dos candidatos nesse ponto. Isso significa que muitos profissionais até podem ter bons conhecimentos técnicos em sua especialidade, mas não são capazes de explicá-los em termos práticos e claros.

Ou seja, para cativar as empresas nos próximos anos não é preciso ir muito longe e desenvolver técnicas rebuscadas para falar bem em público. A questão é mais básica. Os profissionais precisam aprender a se expressar de maneira clara, objetiva e transparente em todas as rotinas de comunicação dentro da empresa – desde a redação de um e-mail até a elaboração de um grande projeto.

4. A filosofia de creative commons
Adeus, individualismo corporativo. A ordem agora é "capitalizar o conhecimento coletivo" ou estimular a cooperação entre os funcionários de uma mesma empresa – e não mais a competição. "Acabou a figura do professor Pardal nas empresas. Não existe inovação que saia de uma única cabeça", afirma Marco Tulio Zanini, professor da Fundação Dom Cabral.

Uma vez que a inovação é um ponto essencial para que as empresas cresçam no contexto econômico dos próximos anos, a demanda por pessoas que sejam capazes de multiplicar conhecimento e trabalhar de maneira colaborativa será fundamental.De certa forma e guardadas as devidas proporções (e motivações), essa lógica se assemelha ao argumento básico do projeto Creative Commons, que cria um nova forma de licença autoral com base na defesa do compartilhamento de conteúdo.

A regra para os próximos anos será utilizar suas habilidades e talentos para fazer outros crescerem. E, assim, criar novos meios para o desenvolvimento da corporação.

5. Espírito (quase) camaleônico
Para encarar as exigências do mercado nos próximos anos, os brasileiros precisarão investir em uma postura mais flexível frente as mudanças. "Estamos lidando com uma expansão de mercados muito dinâmicos", afirma Jeane, da IBM.

Isso significa que o universo dos negócios sofrerá transformações muito mais frequentes do que as observadas até agora. Como consequência, os desafios também terão novos rumos. E os profissionais devem estar prontos para se adaptar aos novos (e, talvez, efêmeros) cenários.

Além disso, Jeane lembra, a tendência é que o processo de expansão de negócios brasileiros para outros mercados se acentue nos próximos anos. "Isso exige abertura para mobilidade por parte dos profissionais. Eles precisam estar disponíveis e prontos para os processos de crescimento das empresas para além das fronteiras", diz.

6. Para além dos muros da caixa
Para equilibrar todos as demandas anteriores, será preciso fugir do senso e das práticas comuns. De acordo com Jeane, a criatividade foi apontada por 60% dos executivos de RH como um elemento essencial para os próximos anos.

Essa valorização da criatividade faz todo o sentido diante de todos os outros cenários possíveis para 2015. Afinal, como conseguir criar um ambiente de trabalho colaborativo entre pessoas de nacionalidades e gerações diferentes, em um universo de negócios dinâmicos? Apenas com "a capacidade de ir além das barreiras e criar novas formas para lidar com os diferentes grupos e direções", como afirma Jeane.

7. Líder – mesmo sem ser gestor
"Temos administradores fortes, porém não líderes – e nós precisamos de líderes fortes para alcançar nossos objetivos estratégicos". A frase proferida por um dos executivos ouvidos pela pesquisa da IBM retrata bem a essência do profissional que será procurado pelas empresas nos próximos anos.

Para se movimentar nesse cenário, não basta ter uma sólida formação. É preciso ter espírito de liderança. Mas essa habilidade não está restrita aos profissionais que ocupam um cargo de gestão. O mundo dos negócios dos próximos cinco anos exige pessoas que tenham uma visão estratégica sobre o próprio trabalho.

Em outras palavras, como afirma Jeane, "profissionais que sejam capazes de mobilizar, inspirar e fazer valer os valores da corporação' – mesmo sem ocupar um cargo gerencial. O professor da Fundação Dom Cabral explica que esse tipo contexto exige líderes abertos ao novo que consigam conciliar opiniões divergentes e criar um ambiente favorável para o debate e inovação. "Ele deve ser capaz de construir vínculos, sentido e significado entre as diversas variáveis", afirma. “Muitas vezes a inovação está no questionamento daquilo que já existe".


Fonte : http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-habilidades-e-posturas-profissionais-para-os-proximos-5-anos?page=4&slug_name=7-habilidades-e-posturas-profissionais-para-os-proximos-5-anos

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Petrobras prevê concurso para o ano que vem e 6 mil vagas até 2013

Cargos serão de nível médio e superior, com salários de até R$ 5,7 mil.
Maior demanda é para engenheiros, geólogos, geofísicos e técnicos.


Marta Cavallini
G1, em São Paulo


A Petrobrás abrirá concurso público no ano que vem, afirma o gerente de gestão de efetivo, Lairton Correa. De acordo com ele, a previsão é de que aproximadamente 6 mil novos empregados sejam contratados até 2013 por meio de concursos. A empresa tem atualmente cerca de 58 mil funcionários – em 2013 projeta chegar a 64 mil.

Os cargos na estatal são de nível médio e superior (veja a lista completa ao fim da reportagem). Os salários variam de R$ 1.647,19 a R$ 5.685,07. Além do salário-base, a empresa oferece participação nos lucros, previdência complementar, benefícios educacionais para filhos de empregados (da creche ao ensino médio) e plano de saúde (médico, odontológico, psicoterápico e benefício farmácia).

"O RH [departamento de recursos humanos] trabalha estreitamente com o planejamento estratégico da Petrobras, vê o efetivo existente e o efetivo necessário. À medida que a necessidade de cada área vai sendo atendida, novos processos seletivos são abertos", explica Correa.

Sobre o concurso de 2011, o gerente não informou em qual mês deve ser lançado o edital e nem o número de vagas. "Neste momento o RH está consolidando as necessidades de cada área, cargo a cargo, localidade por localidade, levando em conta cada unidade da Petrobras. Aí faz novo processo seletivo, move empregados experientes para as atividades novas, e supre [as vagas que ficaram abertas] com o pessoal que está chegando".

De acordo com Correa, as novas contratações têm a ver com as novas descobertas do pré-sal, reposição de pessoas que saem da empresa e abertura de novas unidades, principalmente refinarias.

Os cargos com maior demanda de vagas atualmente são engenheiros (equipamentos, petróleo, processamento e naval), geólogos, geofísicos (todos de nível superior), técnicos de manutenção e de operação (que exigem formações técnicas). "O principal foco é na linha de engenharia e de técnico de nível médio", diz.

Principais áreas

A mão de obra que entra por concurso é absorvida em quatro grandes áreas da empresa, segundo Correa. A parte de exploração e produção, que contempla as operações das plataformas e nos campos de petróleo, emprega técnicos que trabalham com perfuração de poços e fazem manutenção de equipamentos, por exemplo. No nível superior são contratados engenheiros de petróleo, geólogos, geofísicos e engenheiros de equipamento.

Na área de refinaria são contratados operadores e técnicos de manutenção e engenheiros de processamento e equipamento.

Na área de engenharia (construções e obras em geral) são empregados técnicos de manutenção e engenheiros de equipamentos, por exemplo. De acordo com Correa, também vem aumentando a demanda por funcionários nas áreas de gás e energia.

Leia na íntegra em :
http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2010/11/petrobras-preve-concurso-para-o-ano-que-vem-e-6-mil-vagas-ate-2013.html

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

À espera dos 12 bilhões de reais

por Renata Agostini, da EXAME

Endividada, a Oi cortou os investimentos e parou de crescer. Agora, aguarda o aporte bilionário do novo sócio, a Portugal Telecom, para retomar a expansão.

Luis Eduardo Falco, presidente da Oi, deixou a sede da empresa, no Rio de Janeiro, para um encontro inédito em São Paulo, no último dia 11 de novembro. Ao lado de Pedro Jereissati, vice-presidente do grupo La Fonte (um dos maiores acionistas individuais da Oi), de outros cinco conselheiros da empresa e de seus principais executivos, tinha a missão de apresentar os resultados do terceiro trimestre e discutir com cerca de 250 investidores e analistas as perspectivas de futuro no evento chamado Oi Investor’s Day, o primeiro já feito pela empresa. O retrato que tinham para apresentar não era dos mais animadores. Em 2010, a Oi estacionou. No final de setembro, possuía 62,4 milhões de clientes, praticamente o mesmo patamar registrado em 2009. Ao longo deste ano, a empresa perdeu participação em todas as suas principais frentes de atuação — telefonia fixa, internet banda larga e celular. Como consequência, as receitas avançaram 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado. E, a essa altura, já se sabe que este será um dos anos de menor crescimento da empresa. “Sabíamos que a Oi tinha de reduzir seu endividamento, mas não esperávamos uma paralisia tão grande”, diz o americano Michel Morin, analista de telecomunicação da Barclays Capital. Na tentativa de melhorar o ânimo dos analistas, Falco afirmou à plateia: “O objetivo era aumentar a rentabilidade, e isso nós fizemos. No ano que vem, a vida voltará ao normal”.

Por trás da estagnação está uma empresa sem fôlego para investir. Às voltas com a digestão da Brasil Telecom, comprada em 2008 e que resultou na maior companhia de telecomunicações do país, a Oi iniciou 2010 com a missão clara de diminuir sua dívida, que chegava a 21,9 bilhões de reais, equivalente a 2,4 vezes sua geração de caixa anual e mais de cinco vezes a de concorrentes como Vivo. Para manter as finanças sob controle, os investimentos caíram pela metade em relação ao mesmo período do ano passado. Até setembro, 1,4 bilhão de reais foram injetados na operação. O aperto ajudou a reduzir a dívida para 19,3 bilhões de reais — equivalente a 1,9 vez a geração de caixa, mas ainda acima da média dos rivais. Nessa situação, a longa fase de vacas magras só deverá acabar com a chegada de um impulso bilionário do novo sócio, a Portugal Telecom — que, em julho, acertou a compra de 22,4% de participação na Oi, numa transação que será acompanhada por dois aumentos de capital no valor total de 12 bilhões de reais. Ao final da operação, aguardada para o primeiro trimestre do ano que vem, pelo menos 7 bilhões de reais entrarão para reforçar o caixa da companhia. Parte desse dinheiro já tem destino certo: a ampliação da rede de transmissão de dados, para linhas fixas e celulares. “É um mercado de capital intensivo. Sem investimento não há como crescer”, diz Luiz Azevedo, analista de telecomunicação do banco Bradesco.

Alternativas

Para administrar a falta de dinheiro que marcou 2010, a Oi teve de procurar fontes de receita alternativas — renegociou dívidas, buscou pelo menos 2,6 bilhões de dólares em linhas de crédito mais baratas no exterior e usou até mesmo seus imóveis para levantar recursos. Em agosto, transferiu 260 imóveis próprios para subsidiárias e acertou com os bancos Itaú e Safra a criação de um fundo com base no aluguel que passaria a pagar para ocupá-los. Com isso, conseguiu levantar 1,6 bilhão de reais. Para não deixar a própria rede totalmente sem investimentos, a Oi terceirizou o serviço de instalação de fibras ópticas. Coube a esses parceiros, empresas como a chinesa Huawei, bancar grande parte dos 800 milhões de reais investidos na expansão da rede de banda larga da operadora, que neste ano chegou a 1 300 novas cidades. Em troca, essas empresas passaram a alugar o serviço para a Oi. “Foi uma forma de aliviarmos a necessidade de investimentos”, diz João Silveira, diretor de mercado da Oi.

Embora sua participação tenha caído em todas as frentes, a perda mais inesperada — e preocupante — veio da telefonia móvel. Juntas, TIM, Vivo e Claro conquistaram neste ano 19 milhões de clientes. No mesmo período, a Oi ampliou em apenas 1,5 milhão número de linhas — e perdeu 1,35 ponto percentual, chegando aos atuais 19,35%. Embora em números absolutos possa parecer pouco, 1 ponto percentual no mercado de telefonia móvel equivale a cerca de 670 milhões de reais. “Mesmo sem a entrada de novos competidores, a Oi perdeu participação num de seus mercados de maior potencial de crescimento, a telefonia móvel”, diz Leonardo Nitta, analista de telecomunicações do Banco do Brasil. O segmento merecerá atenção especial da companhia a partir do ano que vem, sobretudo com investimentos em sua rede de transmissão de dados com a tecnologia 3G. Hoje, os serviços de dados, que incluem internet fixa e móvel, representam apenas 23% do faturamento atual da Oi, mas, nas contas da empresa é daí que virá mais de 70% de todo o crescimento de receita nos próximos três anos.

Quando finalmente receber o dinheiro da PT, a Oi encontrará um mercado com concorrentes ainda mais fortalecidos. A Vivo fará sua integração com a Telefônica, passando a Oi como a maior empresa de telecomunicações do país. E o bilionário mexicano Carlos Slim já deu os primeiros passos para unir suas empresas Embratel, Claro e Net no país. Paralelamente, a Oi pretende tirar enfim do papel seu plano de expansão internacional — uma promessa feita com o anúncio do negócio com a Brasil Telecom e a criação da chamada supertele brasileira (que hoje, ironicamente, tem uma operadora portuguesa como sua maior acionista). Na época, a meta era que a empresa chegasse a 30 milhões de clientes no exterior em cinco anos, principalmente por meio de aquisições. Quase três anos mais tarde, nada aconteceu. Para Falco, a tal “vida normal” a partir do ano que vem não parece que será muito fácil.

Fonte : http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0981/noticias/a-espera-dos-12-bilhoes-de-reais

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Roupa suja se lava em casa - Intervenção Urbana BH

Entre os dias 1º e 3 de dezembro de 2010, Belo Horizonte sediará a XV Cúpula da Rede Mercocidades. No evento, prefeitos e gestores de mais de 400 cidades da América Latina vão discutir temas vários, como política urbana e inclusão social.

Enquanto isso, mais de 20.000 pessoas estão prestes a perderem suas casas, em Belo Horizonte. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que a Polícia Militar procedesse à desocupação de milhares de famílias que construíram suas casas em terrenos que, por lei, já deveriam ter sido desapropriados pela prefeitura, já que acumulam anos de dívidas de impostos e tampouco cumprem qualquer função social de propriedade (CF/88, art. 5º, inc. XXIII).

Trata-se das famílias que vivem nas ocupações Camilo Torres (Barreiro), Irmã Dorothy I (Barreiro), Irmã Dorothy II (Barreiro), Conjunto Águas Claras (Barreiro), Dandara (Céu Azul), Recanto UFMG (av Antônio Carlos) e Torres Gêmeas (Santa Tereza).

Essas famílias requerem um plano dos governos estadual e municipal que lhes devolva a dignidade de um lar decente.

Vamos, então, aproveitar o evento para sensibilizar a população e solicitar dos gestores públicos urgência na solução do problema.

Não lave as mãos, venha lavar conosco a roupa suja!
Quando? Quinta feira, dia 02/12, às 18:00h (intervalo na programação do Mercocidades)

Onde? Concentração em frente ao Palácio das Artes

O que fazer? Leve um balde, sabão, roupa, água. E disposição para lavar a roupa suja. Se estiver saindo do trabalho e não puder levar nada disso, não se preocupe, haverá muita roupa a ser lavada!

Haverá também um varal no qual você poderá pendurar sua bandeira, sua faixa, sua reivindicação.

AJUDE A DIVULGAR ESTA AÇÃO!

Para sugestões e informações: provisoriocoletivo@yahoo.com

Entre também e veja mais sobre a ação :
http://pracalivrebh.wordpress.com/2010/11/28/roupa-suja-se-lava-em-casa

Declaração Universal dos Direitos do Homem:

Art, 25, § 1º Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.